Causas, sintomas e tratamento da cefaleia. Abordamos os tipos de cefaleia primária e secundária, cefaleias explosivas, agudas, subagudas e crónicas, cefaleia em salvas e cefaleia tensional. Tratamentos naturais, médicos e alternativos.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cefaléia primária da tosse

Com prevalência de cerca de 1% em toda vida, se trata de uma cefaléia de início súbito, moderadamente intensa, tipicamente desencadeada pela tosse, espirro ou pela manobra de Valsalva. Predomina no sexo masculino. A dor é bilateral com duração de segundos a menos de 30 minutos. A etiologia ainda não foi elucidada, mas parece ter relação com curtos períodos de elevação da pressão intracranial. Um exame de ressonância magnética de crânio é necessário para se concluir se esta cefaléia é realmente primária, posto que cerca de 40% dos pacientes com cefaléia da tosse apresentam má formação de Arnold Chiari tipo I, doença vascular carotídea ou vertebral ou então aneurisma, meningiomas da fossa posterior, ou invaginação basilar secundária ou não a doença de Paget.
Os casos verdadeiramente primários podem apresentar boa resposta com a utilização profilática de indometacina, com doses que variam de 50 a 200mg/dia, pelo período de seis meses a quatro anos. O emprego de propranolol, acetazolamida, metisergida, naproxeno ou (mais recentemente) topiramato, são opções terapêuticas válidas. A punção lombar com retirada de até 40 ml de líquido cefalorraquidiano já foi descrito como alternativa para a solução do problema.
A cefaléia do espirro (“esternutodínia” ou “ptarmicalgia”) surge com o espirro, e deve fazer-nos lembrar sempre da malformação de Arnold-Chiari.
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