Causas, sintomas e tratamento da cefaleia. Abordamos os tipos de cefaleia primária e secundária, cefaleias explosivas, agudas, subagudas e crónicas, cefaleia em salvas e cefaleia tensional. Tratamentos naturais, médicos e alternativos.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cefaleia em trovoada primária

A cefaléia em trovoada primária, é um tipo raro de cefaléia (43 por 100.000 pacientes), caracterizada por um início super-agudo – menos de 30 segundos – de violenta cefaléia, que pode perdurar de 1h até 10 dias.
A cefaléia em trovoada primária assemelha-se às formas secundárias, o que obriga a investigação diagnóstica com exames complementares. Alguns autores consideram que a cefaléia em trovoada primária nada mais é do que a forma secundária sem que se tivesse ainda descoberto a causa.
Hemorragia subaracnóide é a etiologia mais freqüente da cefaléia em trovoada secundária, embora outras causas também possam desencadeá-la, como dissecção de artéria carótida, apoplexia pituitária, trombose de seios venosos, hipotensão intracranial idiopática, cisto colóide do III ventrículo e angeite do sistema nervoso central. A Síndrome de Vasoconstricção Cerebral Reversível, uma condição subdiagnosticada, é das causas mais frequentes de cefaléia em trovoada. A dor é intensa, bilateral, atinge o ápice em menos de um minuto e tende a começar na região posterior. Cefaléias em trovoada recorrentes são praticamente patognomônicas de Síndrome de Vasoconstricção Cerebral Reversível.
Oitenta por cento dos pacientes refere algum desencadeante, como exercício, sexo, evacuação, emoções, tosse, espirro ou banho, entre outros. A cefaléia pode vir acompanhada de sinais neurológicos focais ou crises convulsivas. A angiografia mostra contrações segmentares das artérias intracerebrais. Mulheres são ligeiramente mais acometidas, sendo de 60% dos casos são secundários. A cefaléia é muito intensa e tende a melhorar com nimodipina.
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